As vezes me sinto perdida, fora das medidas.
As vezes pareço não me encaixar, não sei qual o meu lugar.
Por um momento, não sei quem sou.
Por um momento, parece que algo em mim se apagou.
A dúvida é insistente, meus pensamentos impaciente,
minha vida incoerente, meu medo sorridente.
Não falo de mim, não escrevo sobre mim,
pois se assim o fizesse, me conheceriam
além do que permito, seria assim eu mais
vulnerável que um passarinho em seu ninho.
Está bom assim, eu me guardando,
eu, de mim mesmo sempre cuidando,
Cabeça a mil, coração apertado.
palavras engasgadas, sentimentos abafados,
assim tem sido minha descrição de mim.
Finalmente, vejo a luz, mas não posso alcança-lá,
Mas algo nela, me faz com todas as forças deseja-lá.
Eu, que não falo de mim, que não escrevo sobre mim.
Eu e minha vontade: Desistir.
Eu e minha atitude: Levantar e prosseguir.
Só preciso de um tempo,
Preciso respirar, pensar, assimilar,
juntar forças por um momento,
levantar e sempre adiante caminhar.
Eu que sou refém do meu cuidado
eu que criei um espaço fechado
privatizei meus sonhos, meus planos
Eu que fiz de mim escombros.
Talvez eu só sinta falta de mim, de estar comigo,
de saber o que sinto, de simplesmente me entender.
Eu que me criei, para não mais sofrer
Hoje sofro com a vida que eu mesmo criei.
(LallaFeer)
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